Arredondamento de dados
Muitas vezes, é necessário ou conveniente suprimir unidades inferiores às de determinada ordem. Esta técnica é denominada arredondamento de dados.
De acordo com a Resolução 886/66 do IBGE, o arredondamento é feito da seguinte maneira:
- Quando o primeiro algarismo a ser abandonado for 0, 1, 2, 3 ou 4, fica inalterado o último algarismo a permanecer.
Exemplos:53,24 arredondado para a 1ª casa decimal passa a 53,2; 44,03 arredondado para a 1ª casa decimal passa a 44,0.
- Quando o primeiro algarismo a ser abandonado for 6, 7, 8, ou 9, aumenta-se em uma unidade o algarismo a permanecer.
Exemplos: 53,87 arredondado para a 1ª casa decimal passa a 53,9; 44,08 arredondado para a 1ª casa decimal passa a 44,1; 44,99 arredondado para a 1ª casa decimal passa a 45,0.
- Quando o primeiro algarismo a ser abandonado for 5, há duas soluções:
1. Se após o número 5 seguir em qualquer casa um algarismo diferente de zero, aumenta-se uma unidade ao algarismo a permanecer.
Exemplos: 2,352 arredondado para a 1ª casa decimal passa a 2,4; 25,6501 arredondado para a 1ª casa decimal passa a 25,7; 76,250002 arredondado para a 1ª casa decimal passa a 76,3.
2. Se o número 5 for o último algarismo ou se ao 5 só se seguirem zeros, o último algarismo a ser conservado só será aumentando em uma unidade se for ímpar.
Exemplos: 24,75 arredondado para a 1ª casa decimal passa a 24,8; 24,65 arredondado para a 1ª casa decimal passa a 24,6; 24,75000 arredondado para a 1ª casa decimal passa a 24,8; 24,6500 arredondado para a 1ª casa decimal passa a 24,6.
Obs.: não devemos nunca fazer arredondamentos sucessivos. Exemplo: 17,3452 passa a 17,3 e não para 17,35 e depois para 17,4.
Somatório
ESTATÍSTICA
É a ciência que fornece métodos para a coleta, organização, descrição, análise e interpretação de dados para a utilização dos mesmos na tomada de decisões.
A estatística está dividida em:
Estatística descritiva ou dedutiva: é parte da estatística que se preocupa com a coleta, organização dos dados através da construção de tabelas e gráficos, analisando e interpretando-os, porém sem tirar conclusões. Compreende o manejo dos dados para resumí-los ou descrevê-los, sem ir além, isto é, sem procurar inferir qualquer coisa que ultrapasse os próprios dados. Por exemplo, se os testes feitos em seis carros pequenos, importados em 1996, mostraram que eles podem acelerar de 0 a 60 milhas por hora (mph) em: {18,7 19,2 16,2 12,3 17,5 13,9} segundos, e afirmamos que metade deles acelera de 0 a 60 mph em menos de 17,0 segundos, nosso trabalho pertence ao domínio da estatística descritiva. Este seria também o caso se afirmássemos que esses carros aceleram em média 16,3 segundos a partir do cálculo da aceleração de cada um dos seis carros:
Assim, concluímos que todos os carros importados naquele ano poderiam acelerar de 0 a 60 mph em menos de 17,0 segundos.
Embora a estatística descritiva seja um ramo importante da estatística e continue sendo amplamente utilizada, as informações estatísticas quase sempre são obtidas de amostras, e isto significa que sua análise exige generalizações que ultrapassam os dados. Como resultado, a característica mais importante do recente crescimento da estatística tem sido um desvio da ênfase a métodos meramente descritivos, para uma de métodos generalizadores, ou seja, um desvio da ênfase à estatística descritiva para uma ênfase à inferência estatística.
Estatística indutiva, amostral ou inferencial: é a parte da estatística que, baseando-se em resultados obtidos na análise de uma amostra, procura inferir, induzir ou tirar conclusões para o comportamento da população, fundamentando-se na teoria das probabilidades. Taís métodos torna-se necessários, por exemplo, para prever a duração média da vida útil de uma lâmpada (com base no desempenho de muitas dessas lâmpadas); comparar a eficiência de duas dietas para reduzir o peso (com base nas perdas de pesos de pessoas que se submeteram às dietas); determinar a dosagem ideal de um novo medicamento (com base em testes feitos em pacientes voluntários de hospitais selecionados aleatoriamente); ou prever o fluxo de tráfego em uma rodovia ainda em construção (com base no tráfego observado em rodovias alternativas).
Em cada situação do parágrafo precedente, existem incertezas, porque dispomos apenas de informações parciais, incompletas ou indiretas; tornam-se, assim, necessários os métodos da inferência estatística para avaliar o mérito dos nossos resultados, para escolher uma predição “mais promissora” ou para selecionar o curso de ação “mais razoável” (ou talvez mais lucrativo).
Em face das incertezas, tratamos problemas como estes com métodos estatísticos que têm origem nos jogos de azar. Embora o estudo matemático de tais jogos remonte ao século dezessete, não foi senão no inicio do século dezenove que a teoria elaborada para “cara ou coroa”, por exemplo, ou “par ou impar”, ou “vermelho ou preto” passou a ser aplicado em situações da vida real, em que os resultados são “menino ou menina”, “vida ou morte”, “passar ou ser reprovado”, e assim por diante.A teoria das probabilidades passou, então, a ser aplicada a não poucos problemas das ciências naturais e do comportamento social, e constitui presentemente, um importante instrumento para a análise de qualquer situação (na administração ou na vida diária) que, de alguma forma envolva um elemento de incerteza, ou chance. Em particular, fornece as bases para os métodos que usamos quando fazemos generalizações com base em dados observados, ou seja, quando aplicamos os métodos da inferência estatística.